Nós, autores do livro, comentado os marxistas encastelados na geografia enquanto dirigimos por Curitiba. O video foi gravado no caminho para uma palestra de divulgação do livro Não Culpe o Capitalismo.
Blog do Livro homônimo que reúne informações sobre o lançamento,os autores e o conteúdo. Mantido pelos autores: Anselmo Heidrich, Luis Lopes Diniz Filho e Fernando Raphael Ferro de Lima
Dedicatória
Dedicamos a todos os intelectuais que passaram vinte anos apoiando o discurso oposicionista do PT e mais de uma década apoiando os governos desse partido, apesar de tais governos terem jogado as propostas dos tempos de oposição na lata do lixo. Esses intelectuais são a prova viva de que, tal como mostramos neste livro, esse pensamento que se diz crítico não tem autocrítica e nem pensamento é.
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Tomatada: o mundo distorcido em nossas escolas
Fonte: http://atualidadescefi.blogspot.com.br/2013/03/oposicao-norte-e-sul.html Acesso em 16 out. 2015 |
Um dos ensaios publicados pelo Fernando em nosso livro alerta para a necessidade de rever as formas de regionalização do mundo ensinadas nas escolas brasileiras. Quando o Muro de Berlim ainda estava de pé, ensinava-se que o mundo se dividia em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, sendo os primeiros industrializados e os segundos exportadores de matérias-primas agrícolas e minerais. Essa regionalização derivava diretamente das teorias do subdesenvolvimento formuladas nos anos 50 e 60. Ensinava-se também que o mundo podia ser dividido em Primeiro, Segundo e Terceiro Mundos, isto é, em três conjuntos de países caracterizados por serem, respectivamente, capitalistas industrializados, socialistas e capitalistas subdesenvolvidos. Depois do desmoronamento do socialismo, os países que compunham o Segundo Mundo foram divididos nas categorias "Norte" e "Sul", conforme a figura acima.
Texto completo no blog Tomatadas: O mundo distorcido em nossas escolas
Texto completo no blog Tomatadas: O mundo distorcido em nossas escolas
Outras postagens relacionadas
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Triplex do Lula, Queda do Muro... tantos símbolos
A capa do livro Não culpe o capitalismo foi uma ideia do Anselmo com a qual eu e o Fernando concordamos de pronto. A imagem ficou perfeita, pois, além de evidenciar o contraste entre o sucesso do capitalismo na Coreia do Sul e o fracasso do socialismo na rural e esfomeada Coreia do Norte, ela ainda faz uma ironia com as ideias de Milton Santos, o geógrafo socialista que usava as expressões "espaços luminosos" e "espaços opacos" para falar das desigualdades existentes no capitalismo...
Bem, ao longo de menos de um mês depois do lançamento do nosso livro, o noticiário vem nos brindando com várias outras evidências que servem como emblemas de muitas ideias presentes nos ensaios. Vejamos duas:
Os 25 anos da Queda do Muro de Berlim
Num artigo publicado em 2003, eu avisava que era necessário realizar uma crítica profunda da chamada "geografia crítica ou radical", sobretudo considerando que já fazia muito tempo desde esse evento histórico. Em 2013, publiquei um livro inteiro para fazer essa crítica, já que a maioria esmagadora dos geógrafos e de outros cientistas sociais brasileiros simplesmente se recusam a encarar a questão. Em 2015, voltei à carga, mas agora não mais sozinho, já que o Fernando e o Anselmo, dois raríssimos exemplos de geógrafos que nadam contra a corrente, lançaram também seus petardos contra esse modo de (não) pensar.
O triplex do Lula no Guarujá
Lula e sua família negam que sejam donos de uma cobertura de três andares num condomínio de luxo no Guarujá. Dizem eles que são donos apenas de cotas no empreendimento, as quais podem ser trocadas pelo referido apartamento ou não... Mas pouco importa se Lula vai ficar com esse imóvel de R$ 1.500.000,00 - que, por sinal, foi reformado pela construtora OAS logo depois de construído - ou se vai preferir receber o valor das cotas em dinheiro. O fato é que ele mesmo confessa que é um milionário, assim como seus filhos e outros parentes também são.
Não há símbolo melhor do que esse para algumas ideias defendidas em Não culpe o capitalismo. Por exemplo, a tese de que os ditos "movimentos sociais" não são porta-vozes de interesses gerais da sociedade e, ao menos no que diz respeito à maior parte de seus integrantes, não visam realizar uma utopia socialista. Essas organizações políticas que se autoproclamam "movimentos sociais" lutam pelos interesses econômicos de seus próprios integrantes, e ponto.
Lula, símbolo máximo do movimento sindical que emergiu nos estertores da ditadura militar, não é e nem nunca foi socialista. Assim como os demais petistas que vieram de sindicatos, ele é apenas um arrivista, como diz o filósofo Roberto Romano. Um sujeito esperto que se pôs a fazer militância sindical e partidária com o fim de subir na vida e que se deu muito bem no processo - independentemente de ele ter ou não se envolvido no mensalão e no petrolão, conforme as muitas citações ao seu nome nas delações premiadas sugerem que pode ter acontecido.
Encerrando
Por quanto tempo mais a esquerda intelectual e política continuará fazendo ouvidos moucos para as contradições entre suas ideias e a realidade factual? Quando a Queda do Muro fizer 50 anos, espero que nós três ainda estejamos aqui para, se for o caso, alertar as novas gerações de que é preciso rever essas ideias anticapitalistas...
Assinar:
Postagens (Atom)